pensar fora da caixa (volume I)

Tem algumas expressões da língua inglesa que e acho deveras interessante. Uma delas é "think out off the box". Pense fora da caixa. Falo isso porque em alguns momentos fico deveras incomodado com a maneira como as pessoas lidam com uma "inovação", uma "grande idéia" e principalmente como lidam com um "clássico". 

A pergunta que eu sempre me faço é: Por que cargas d'água eu sou obrigado a gostar de um clássico? Eu gosto de Rock Progressivo mas não gosto de Pink Floyd. A questão importante é por que um clássico é importante. Na época em que eles gravaram seus grandes sucessos eles foram importante e criaram influências fortes para as bandas que eu atualmente ouço do estilo, mas e daí? Até onde uma ideia é ou não é de alguém? Influenciar alguém não quer dizer (ou muito menos deve significar) que você seja dono ou responsável por aquilo que as pessoas que você influencia fazem ou deixam de fazer. 

Érico Veríssimo foi um dos grandes escritores brasileiros e seu filho é um dos grandes escritores ainda vivos mas até onde vai a influência do pai no trabalho do filho? Até onde vai a influência da biblioteca enorme que deixava a disposição de seu filho?

Querem ver outra discussão inútil? Fãs de Guerra nas Estrelas e de Jornada nas Estrelas. Duas importantíssimas sagas da ficção científica com ricos e interessantíssimos elementos. Anteriormente a disputa era mais acirrada, pois não era possível (e pra muita gente ainda não é) gostar das duas da mesma forma. O bizarro disso tudo é que nossa vida com sei lá quantos mil anos de vida ainda é baseada em como não mensuramos opiniões.

Afinal você que não concorda comigo tem esse direito. Diga o que você pensa, mas se preocupe também em tentar entender o porque de você pensar dessa forma.

1 reações adversas:

Robson Lima disse...

Ah sei não velho. Acho que o Spock simplesmente uma bichona enrustida. Aquele papo de diga não às emoções, sei não... ;)

Nesse ponto, a visão comum que se tem do clássico influenciando o contemporâneo, concordamos bastante, como você já sabe. Afinal, eis aqui o "roqueiro" que não gosta de Beatles (ao menos não o suficiente para satisfazer as exigências do mercado simbólico de consumidores) e tudo o mais. Sabia que nunca li Veríssimo? É verdade, sou um alienado e clamo mate-me agora.

A arte de uma maneira geral tem uma tendência de tratar seus clássicos como semi-deuses feitores de novos caminhos e que sem eles nada que foi feito após eles teria ocorrido. Obviamente falso. Até porque, dentro de uma perspectiva Planetary, bastaria outro wannabe3D influir sobre o multiverso 2D novamente - é muita viagem pensar no eterno retorno nessa parte? Artistas são pregos. Mas eles so são pregos porque as PESSOAS EM GERAL são pregas. Minha teoria pessoal é que artistas funcionam como catalisadores de processos que o resto da sociedade até sente junto, mas não avalia da mesma forma - provar esse ponto dá trabalho.

Enfim, é isso aí! Força!