A maneira como se reproduz informação está mudando. De diversas formas e como manda o corolário "pós-moderno" (substitua as aspas por qualquer definição da contemporaneidade de sua preferência). Por exemplo, o Jornal do Brasil se tornou o primeiro jornal totalmente online do Brasil. E começaram a chegar em terras tupiniquins recentemente modelos de eReaders. Aparelhos eletrônicos desenvolvidos especificamente para leitura de eBooks. Feitos pra que você não canse seus lindos olhos lendo arquivos de livros digitais. Nada demais até aí, certo? O pulo do gato dessa história toda foi dado por uma pequena aplicaçãozinha gratuita que surgiu quase que junto com o lançamento do iPad. Falo desse negocinho melhor explicado no vídeo abaixo. Flipboard.
Sim genial, não? Conseguiram de novo. Reinventaram a roda! Ou não. A Flipboard segue um modelo de inovação muito comum em tempos de mídias digitais e redes sociais. A readaptação de uma coisa que já existia para uma coisa não inteiramente nova. Mas sim que tenha aplicação mais imediata. O novo mote das startups de tecnologia é o conteúdo social. A Flipboard é uma revista em que o conteúdo ali mostrado não precisa ser editado, revisado ou muito menos pago. Como diz o tiozinho no vídeo: "A Flipboard sabe o que você gosta porque ela sabe quem você conhece." Simples assim. Diga-me com quem tu andas que eu te direi quem és. Isso numa versão bem enxuta e bem aplicada à lá Web 2.0. E isso a Web 2.0 já jaz há algum tempo. Antes da Flipboard (e com bem menos repercussão, diga-se de passagem) já existia outra ferramenta disponível para usuários do twitter. A paper.li que promete a opção de você ler as atualizações de coisas que o interessam na rede do passarinho azul como um jornal. Legal não? Muito... E daí?
Vou voltar dois passos pra trás agora. Qual foi último jornal que vocês leram? Qual o último livro? E qual foi a última coisa que vocês ESCREVERAM? Sim. A internet é uma grande fonte de informação. Uma fonte infindável. Mas quem é que escreve esse monte de coisa? Afinal quantidade de informação é a mesma coisa que quantidade de coisa escrita na internet? Não, não são... A internet é linda maravilhosa e a nova galinha dos olhos de ouro, mas você pode aproveitar melhor do conteúdo que ela oferece sabendo de um pequeno segredinho que eu vou te dizer agora.
A internet, a blogosfera, a twittosfera, as wikis e todo conteúdo dentro da internet segue um princípio. O princípio 90:9:1. Ele foi cunhada por dois consultores de administração gringos que estudaram e acompanharam o desenvolvimento da Wikipédia. (o Blog dos dois e mais informações sobre eles aqui) Resumidamente, a regra diz que:
- 90% dos usuários da rede constituem a audiência. Ou seja, é quem só lê certa informação. É quem a absorve.
- 9% dos usuários são editores. É quem mais distribui, organiza e repassa informação.
- 1% dos usuários são criadores de fato.
Voltando pro assunto anterior. Formas inovadoras de se distribuir informação vão continuar surgindo, o que é importante é como tornar isso útil pras pessoas. Muita informação nem sempre quer dizer muito conteúdo. O Flipboard é legal. Tem muitas informações úteis soltas por aí na internet. Redes Sociais são legais, mas não são tudo. O mais importante é que a audiência (aqueles 90%) saibam separar esse conteúdo. Saibam identificá-lo. Esse é um problema que precede a entrada como usuário da rede. Ou então esses 90% vão ser todos trolls. Vão saber só #xingarmuitonotwitter.
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